|Blog A Outra Visão|
Blog de portfólio do jornalista Franco Serrano

27 outubro, 2015

Portfólio - TVSimi Entrevista

A série de programas do TVSimi entrevista começou em 2014 e possibilitou a mim entrevistar personalidades ligadas à área de Empreendedorismo e Inovação de todo mundo.

Seguem todas as edições que apresentei:

Edição #2 - Jaelton Avelar - CEMIG - Obs: Programa não foi ao ar


Edição #4 - PMI - Com Valentino Rizzioli, Evaldo Vilela e Eduardo Bernis
Bloco 1
Bloco 2

Edição #5 - Siminove UFJF



Edição #7 - Rosabelli Keyssar, do MIT Brazil Program


Edição #8 - Clara Piloto - MIT Professional Education [em inglês]


Edição #9 - Henrique Portugal, do Skank


Edição #10 - Andrea Motta, da Imaginie


Edição #11 - Leonardo Garnica, da Natura


Edição #12 - Gerson Valença - Presidente da Anpei


Edição #13 - Francilene Garcia - Presidente da Anprotec


08 abril, 2014

Mapa estratégico aponta vertentes para maior competitividade da indústria brasileira

[PORTFÓLIO] Publicado originalmente em: http://www.simi.org.br/biblioteca/exibir/6680

Em um esforço de mais de 500 representantes empresariais, foi elaborada uma agenda, em comparação a outras potências mundiais, que deverá servir como pauta para as políticas de imposição do mercado brasileiro frente ao exterior. O Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 é um comparativo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Este relatório tem como objetivo apontar o caminho a se deve percorrer na próxima década para aumentar os níveis de produtividade e eficiência, afim de alcançar um elevado grau de competitividade, respeitando os critérios de sustentabilidade, usando 2022, o ano do bicentenário da independência, como meta.

Não é segredo para ninguém que muitas nações intensificaram investimentos em P&D nos últimos anos, para criar estoque de conhecimento, fomentando e proliferando os ambientes de inovação, gerando contribuições para sustentabilidade econômica, política e institucional das organizações.



O momento é favorável para que o país alcance as grandes potências, desde que seja feita uma adequação do sistema educacional, com atenção especial para a ciência e tecnologia. Dessa forma, a inovação passa a ter papel chave neste processo. Um exemplo de alavancagem pode ser visto na China. Em 2004, o país possuía 107 centros independentes de P&D em multinacionais, em 2010 já eram 1.000.

Competitividade entre os concorrentes

A atenção crescente conferida ao tema competitividade, acentuada pelo avanço do processo da globalização, tem induzido a multiplicação de estudos e pesquisas que procuram identificar os determinantes da competitividade das empresas de um país. Esse esforço vem gerando a publicação periódica de relatórios que comparam a competitividade dos países a partir dessa perspectiva.

Como é o caso de outro levantamento da CNI, em que o Brasil aparece como 14º colocado, entre 15 avaliados. Este estudo é o Competitividade Brasil 2013, que expõe a fragilidade da indústria brasileira frente aos concorrentes imediatos. Foram avaliados, além do Brasil, África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, México, Polônia, Rússia e Turquia. Esta é a terceira edição do estudo, que foi publicado nos anos de 2010 e 2012. O estudo foi divulgado durante a oitava edição do Encontro Nacional da Indústria (ENAI).

Em comparação ao estudo divulgado em 2012, as melhorias aconteceram nos quesitos 'disponibilidade e custo de capital' e 'ambiente macroeconômico' devido à redução da taxa de juros e a desvalorização cambial, respectivamente.

Os dois indicadores mostram que é o momento certo para avançar o setor industrial rumo às potências super desenvolvidas e a agenda mostra como isso deve ser feito. Em entrevista publicada no Portal da Indústria, o diretor de Políticas e Estratégias da CNI, José Augusto Fernandes afirma que "É fundamental que o Brasil disponha de um sistema estruturado de metas e objetivos com monitoramento e acompanhamento dos resultados".

Segundo o Portal da Indústria, o Mapa Estratégico servirá de base para as sugestões que o setor deve apresentar aos candidatos à Presidência da República para próximo pleito. Para o Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, "A resposta para muitos dos problemas identificados no estudo está no Mapa Estratégico. Ele define as ações necessárias para fazer o Brasil crescer mais e melhor e se tornar cada vez mais competitivo".

A pesquisa

No estudo Competitividade Brasil 2013, o país é colocado lado a lado a outros potenciais concorrentes no mercado internacional devido às suas características econômico-sociais e/ou da natureza de sua participação no mercado. São levados em conta quatro fatores diretos (Disponibilidade e custo de mão de obra; Disponibilidade e custo de capital; Infraestrutura e logística e Carga tributária) além de outros quatro considerados indiretos (Ambiente macroeconômico; Ambiente microeconômico; Nível educacional da população; Tecnologia e inovação). Esses fatores se desdobram em 16 subfatores, aos quais foram associadas 51 variáveis. O ponto de partida para a avaliação da competitividade das empresas brasileiras é o valor assumido por essas 51 variáveis no Brasil e em outros 14 países, já contando com a inclusão da Turquia, que é novata neste levantamento. Por fim, estima-se a capacidade de igualar ou superar seus concorrentes na preferência dos consumidores.

Minas Gerais

Tecnologia e inovação é um ponto de destaque no relatório, ficando com a 8ª colocação, e Minas Gerais aposta no setor para que não só o estado, mas também o país possam mostrar melhores números nos eventuais levantamentos. Estes e outros fatores fazem de Minas um estado fundamental para a evolução do país. O estado tem total condição de ser um indutor de desenvolvimento para o país, desde que a infraestrutura e a educação sejam tratadas como prioridade. Contudo, alguns itens do relatório são tratados apenas em âmbito nacional, como disponibilidade e custo de capital, peso dos tributos e ambientes macro e microeconômicos.

Apesar de os avanços do estado não refletirem consideravelmente numa futura evolução nos quesitos referentes ao país, outros setores podem ajudar pontualmente nesta evolução. É o que afirma o economista da Fiemg, Paulo Casaca, Minas é considerado um estado muito estratégico para que o Brasil possa se desenvolver e atingir melhores níveis de competitividade. O fator de infraestrutura e logística, por exemplo, tem aqui um dos mais importantes estados para sua evolução. “O estado tem uma localização estratégica tanto para rotas rodoviárias quanto ferroviárias. Algumas das principais vias destes dois modais passam por Minas Gerais. Quase 12% da estrutura industrial do país está situada aqui, além de termos a segunda maior população do país, o que nos caracteriza como um grande mercado consumidor” conclui.

24 janeiro, 2013

O dia em que o Verdão parou



A frase dita pelo personagem extraterrestre Klaatu, interpretado por Michael Rennie, no filme ‘O dia em que a terra parou’, de 1951, se aplica ao momento do Palmeiras. “Somente à beira do precipício, são encontradas forças para uma grande mudança de atitude”. O início de uma revolução está prestes a acontecer. As cabeças que não pensaram anteriormente no clube o fizeram padecer. Hoje, este gigante está pequeno, reduzido, mas as últimas movimentações dão conta que muitas coisas mudarão dentro da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Desde o fim da gestão Parmalat, em 2000/2001, o Palmeiras está à deriva em alto mar, como disse o novo presidente, e precisou de 12 anos para que essas mudanças acontecessem. Descobriram o que a torcida já sabia há muito tempo. Sem profissionalização e modernidade não é possível sequer sobreviver no futebol profissional.

No final do ano o movimento pró-diretas no clube ficou muito forte e a pressão sobre os conselheiros para votar a alteração estatutária foi inevitável. Aliás, o fato de apenas os conselheiros poderem votar para o executivo-administrativo de um clube deste tamanho de capital social, é ditatorial, uma total falta de democracia com os detentores de títulos patrimoniais do Palmeiras.

O Palmeiras é responsável pela 4ª maior torcida do país. Em números, estima-se que a torcida tenha entre 8 e 10 milhões de torcedores, o que significa 8 a 9% dos torcedores brasileiros. A marca, apesar de prejudicada com os recentes acontecimentos, é valiosíssima em termos de marketing e vendas. O patrimônio social do clube é gigantesco, ainda mais com a nova W-Torre Arena Palestra, que segundo o ministro Aldo Rebelo, será um dos estádios de futebol mais modernos do mundo. E fica a pergunta: Porque um clube deste tamanho, que mais vende camisas, que tem o segundo maior patrocínio entre os clubes brasileiros, estava praticamente à bancarrota?

As últimas gestões – Della Monica, Belluzzo, Palaia e Tirone – foram desastrosas do ponto de vista financeiro e social. Atenção à gestão Tirone, que apesar de adiantar as obras sociais do clube, deixou o clube em situação financeira muito complicada.

A esperança depositada no professor Belluzzo, economista e falastrão em 2009, foi proporcional à decepção da torcida ao final da sua gestão, que por problemas de saúde não foi nem concluída – Salvador Hugo Palaia assumiu ao fim do mandato – Belluzzo que prometeu uma revolução financeira e social, não o fez, devido aos movimentos de oposição, forte em torno dele no seu biênio.

O fato é que desacreditada com as falhas e problemas políticos do mandato de Belluzzo, no último pleito, o ‘garoto’ Paulo Nobre, também envolvido com mercado financeiro, piloto de rally, cheio de tatuagens e ideias novas não empolgou, e não angariou o apoio político necessário, perdendo por larga margem para Arnaldo Tirone.

A história provou que desta vez os conselheiros tinham errado. Começara então a pior gestão da história do clube. No fim das contas, este precipício veio a calhar, pois só assim houve a grande pressão para que as 'Diretas’ fossem instauradas, a partir de 2014 e que o ‘moleque’ Nobre, chegasse não para ser o salvador da pátria, mas sim, para fazer do Palmeiras o que ele jamais deveria ter deixado de ser.

Com 44 anos, com um projeto audacioso, Paulo de Almeida Nobre, deixa as competições internacionais, a compra e venda de ações na bolsa para se dedicar exclusivamente ao que ele diz ser sua maior paixão: o Palmeiras.

As boas intenções estão estampadas em seu semblante, um pouco atordoado, pelo fato de ‘a ficha ainda não ter caído’. “O Palmeiras não tem que ter a minha cara. O Palmeiras tem que ter a cara do Palmeiras. Essa é a hora em que nós trabalhamos para o clube aparecer e os dirigentes sumirem da mídia. Quem tem que aparecer é jogador e técnico.” Afirmou o presidente na segunda coletiva após a eleição.

Segundo seu plano de governo, ele vê na figura do Manager a principal tática de mudança para levar o clube para o séc. XXI. “Por enquanto não há um profissional com essas características no mercado brasileiro, vamos seguir procurando, enquanto isso eu vou tomar a frente do futebol.”

Já no segundo dia de mandato ele anunciou José Carlos Brunoro como gerente executivo do clube. Pensando não só em futebol, mas também em esportes olímpicos. Brunoro trás consigo uma vasta experiência em cargos administrativos, e fora o fato de já ter trabalhado no clube de 1992 a 1997, época da vitoriosa parceria com a Parmalat. Brunoro foi o primeiro grande acerto de Nobre na presidência, que, aliás, um acerto que já valeu mais benefícios ao clube do que toda a gestão do seu antecessor.

Brunoro tinha seu próprio projeto, de clube totalmente profissional e independente, o Audax, que possui um clube em São Paulo e outro no Rio. Além de ex-técnico de vôlei e consultor executivo da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

O Diretor de futebol, ao que se especula deve ser também do Audax, Thiago Scuro, dadas as características já fornecidas por Brunoro, um nome jovem, articulado e de boas ideias.

Afirmando que é loucura neste momento, o presidente Nobre disse que por momento não poderá trazer Riquelme. Mas fica na expectativa de que reforços pontuais cheguem antes da estreia na Copa Libertadores, em 14 de fevereiro, contra o Sporting Cristal.

E dessa forma parece que novos tempos vão dar as caras no Palestra, já que os principais rivais, São Paulo, Santos e principalmente o Corinthians estão largos passos à frente do alviverde da zona oeste.

26 março, 2012

Por trás das risadas: Whitney Cummings

Whitney Cummings ao lado do seu parceiro de cena, Chris D'Elia, em "Whitney" - Foto: Divulgação - NBC

Bonita, magra e esguia. Essa é a primeira definição que percebemos da atriz e comediante Whitney Cummings, mas ela é muito mais do que isso. A ‘boca suja’ vem da madrinha, a comediante e apresentadora do E!, Chelsea Handler (a personagem principal da série “Are you there vodka? It’s me Chelsea!” é baseada na vida dela, inclusive, Handler também é produtora da série) e além de tudo isso, é ela boa mesmo.

Whitney começou na MTV americana, programa Punk’d, como hoster, em 2004, de lá pra cá, começou a viajar os Estados Unidos fazendo shows de stand-up, onde ela se especializou, ganhando notabilidade em vários talk-shows onde apareceu, tais como, Jay Leno, Conan O’Brian, Lettermann e principalmente no Chelsea Lately, da madrinha Chelsea Handler.

Hoje Whitney, além de ainda viajar com seu show de stand-up e marcar presença em vários talk-shows, está em duas emissoras de grande bojo, dos EUA. Na CBS ela é produtora executiva, junto à Michael Patrick King, da série “2 Broke Girls”, além de ter sua própria sitcom na NBC, que também leva seu nome.

No Brasil você pode acompanhar o trabalho Cummings em “2 Broke Girls” no Warner Channel e “Whitney” no Liv, todas as terças-feiras.

19 março, 2012

Por trás das risadas: Seth MacFarlane


Certeza que você já ouviu esse nome em algum lugar. Ou pelo menos leu ele. Seth é atualmente o roteirista mais bem pago da televisão americana, contratado da FOX, ele é o responsável pelos sucessos: Family Guy (Uma Família da Pesada), American Dad e The Cliveland Show, além do menos famoso, The Winner.

Seth ganhou fama ao trabalhar para os estúdios Hanna-Barbera, foi contratado ao fazer uma esquete “A vida de Larry”. Após sua contratação esteve envolvido em diversas produções do estúdio, entre eles: Ace ventura - the cartoon, I’m a Weasel (Eu sou o Máximo), Dexter’s Laboratory, Johnny Bravo Show, The Cow and the Chicken (A Vaca e o Frango), além de outros produtos da casa.

Como dublador ele fez inúmeras vozes de seus próprios personagens, como o diabinho Bundifora de Eu sou o Máximo e Vaca e o Frango, e a maioria dos personagens masculinos dos desenhos Family Guy, Cliveland Show e American Dad (Stewie e Peter Griffin, Cliveland Brown, entre outros).

Seth desenvolveu outros trabalhos na frente das câmeras. Como ator ele fez participações especiais em Gilmore Girls (Tal mãe, tal filha) e em FlashForward. Pela Comedy Central, canal de comédia a cabo, recém-chegado ao Brasil, ele foi apresentador de três Comedy Central Roasts’, conhecido aqui como fritada, sendo as celebridades a serem fritadas: David Hasselhoff, Donald Trump e a mais famosa de todas a de Charlie Sheen, que foi o programa de maior audiência da TV a Cabo nos EUA, cerca de 16,5 milhões de pessoas assistiram Seth e companhia limitada fritando Sheen.

Mais recentemente, MacFarlane lançou um disco, chamado ‘Music is better than words’ que foi lançado no programa Tonight Show with Jay Leno, na CBS. O disco foi segundo nas paradas de Jazz americanas.

Ele possui dois Emmy’s Primetime, por seu trabalho em Family Guy.

O talento de Seth é indiscutível, ele nunca apareceu muito nos holofotes, mas possui um vasto legado. Ele foi eleito pela revista Entretainment Week como a celebridade mais inteligente da TV, desbancando a produtora, roteirista, atriz e comediante do Saturday Night Live, Tina Fey. Também possui o título de produtor executivo mais jovem da TV americana, iniciando seu trabalho aos 24 anos.

No momento, ele está produzindo uma re-edição de Os Flintstones, numa parceria da FOX com a Hanna-Barbera, que deverá sair em 2013.

Nos resta agora acompanhar seu bom trabalho na Cartoon Network, ToonCast, Fox, FX, Comedy Central e Globo, canais onde seus trabalho são exibidos com maior frequência.

14 março, 2012

The Big Bang Theory: O fim está próximo

A série pseudo-geek, The Big Bang Theory acabou de completar 100 episódios e está bem no meio de sua quinta temporada. O mago das sitcons Chuck Lorre precisou de quebrar a cabeça no meio da terceira temporada quando se viu uma grande queda de audiência e um de seus shows fadados ao fracasso, o também produtor do mega sucesso Two and a Half Men e de outros shows lendários como Roseanne (onde Jhonny Galecki e Sarah Gilbert fizeram par romântico pela primeira vez. Repetindo a dupla em TBBT como Leonard e Leslie Wincle), colocou dois personagens para que a trama tivesse maior fundamentação e sustentação, já que as histórias de quatro nerds dentro de um apartamento estavam se esgotando.

A principal adição à série foi a irreverente atriz Mayin Bialik, como Amy Farrah Fowler, uma neurobiologista que se tornará de uma maneira muito estranha, namorada de Sheldon (Jim Parsons). Mayin já foi protagonista de sua própria comédia, Blossom, no final dos anos 80/início dos anos 90, junto com a bela e talentosa holandesa Jeena von Öy e David Schwimmer, o eterno Ross, de Friends.

A entrada de Melissa Rauch, também foi muito importante, como noiva de Howard (Simon Holberg) pois abafou e ao mesmo tempo suscitou o amor platônico de Raj (Kunnal Nayar) pelo amigo.

Apesar da comemoração dos centésimo episódio de The Big Bang Theory, vale lembrar que a série já esboça um final, pois Howard e Bernadette estão de casamento marcado e Penny (Kaley Cuoco) voltou a namorar Leonard. Sheldon está namorando Amy e Raj continua sozinho, como foi durante todo seriado.

A série está renovada até o final da sexta temporada, onde, provavelmente, terá seu fim. O que nos resta agora é curtir estes últimos inéditos de TBBT e torcer para que Lorre e sua equipe tenham vontade, junto a Warner e CBS, de mantê-la no ar por pelo menos mais duas temporadas.

19 maio, 2011

Ergue o braço, bola em jogo, começa o Campeonato Brasileiro

A partir do dia 21, começa a rolar a bola para o Campeonato Brasileiro da Série A. Os 20 melhores clubes do país numa disputa ferrenha em busca do título, de uma vaga na Libertadores ou apenas a permanência na primeira divisão para o ano seguinte.

Título:Para disputar o título, vejo apenas dois clubes com chances reais de chegar lá, mas como esse ano a zebra tem andado solta por aí, vou ampliar os meus palpites. Santos e Cruzeiro são, de longe, as melhores equipes do campeonato, mas com sérios problemas que podem fazer a diferença nesse percurso. O Cruzeiro tem um grande problema sentado no banco. É o ‘zicado’ Cuca, que não é um treinador vencedor e em certos momentos é até um pouco covarde, é muito time para pouco técnico. O Santos tem um problema maior ainda. O ego. Neymar e seus colegas tropeçam frequentemente em seus egos, são dispersos e perdem a concentração e controle do jogo com facilidade, se Muricy souber administrar esse problema, o Santos sairá com o eneacampeonato brasileiro. Outros clubes que podem chegar ao título esse ano são Internacional, Flamengo, São Paulo e uma grande zebra, o Coritiba.

Libertadores:O que salva a temporada dos clubes que não são campeões em nada, ou apenas campeões estaduais, é a famosa vaguinha para a Copa Santander Libertadores da América. Além do campeão da Copa do Brasil e, eventualmente, campeões da Libertadores e/ou da Sulamericana, a Série A dá direito a outras quatro vagas no torneio continental. Eu aposto em clubes, além dos candidatos ao título: Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio e Palmeiras, esses clubes, provavelmente não irão passar de uma vaga na Libertadores, as chances de título para eles são quase zero. Uma zebra que pode surpreender e ir para a Libertadores é o Vasco.

Rebaixamento:Na ponta de baixo há sempre muita briga. Aposto na luta contra o rebaixamento: América-MG, Atlético-GO, Atlético-PR, Bahia, Figueirense, apesar de chagar até as finais da Copa do Brasil, o Avaí e o Ceará têm de estar atentos ao descenso.

Assim como um carnaval fora de época ou uma micareta fora de hora, o Brasileirão começa em maio e só termina em dezembro, teremos uma janela de transferências para a Europa em julho e só a partir daí, saberemos quem é quem, mas as primeiras oito rodadas já servem para acumular uma ‘gordura’, aproveitar um pouco dos craques fadados a jogar no velho continente.

10 maio, 2011

Vôlei Futuro: Preconceito, humilhação, hipocrisia e Michael


Obviamente é mais fácil falar do que viver a situação. Há alguns dias, mais precisamente um mês, esse bichinho da polêmica tem me instigado a falar sobre esse assunto, tenho medo de ser radical demais. De fato, a hipocrisia das pessoas, ultimamente, têm me provocado uma certa revolta e isso ficou explícito pra mim no caso Michael, do Volêi Futuro.

Nesse texto pretendo abordar um pouco sobre o que está enraizado na cultura do brasileiro, dos fatos que se sucederam e de como a mídia tratou o caso.

O fanatismo pelo esporte está presente na vida do brasileiro desde que o mundo é mundo, sendo que o futebol, futsal e vôlei são os mais populares em número de adeptos. Daí a se ter uma noção do número de pessoas que estão envolvidas e que de uma maneira ou de outra, acabam transformando o torcedor numa ‘massa de manobra’. Traduzindo, torcer apaixonadamente é um fato que está incutido no brasileiro e se tornou parte da nossa cultura acompanhar eventos de grande porte e torcer pelos atletas ou equipes favoritas.

O que realmente houve? Uma briga de diretorias. Sada Cruzeiro e Volêi Futuro de Araçatuba, protagonizaram um show de horrores trocando notas oficiais ofensivas. A partir daí, a torcida do Cruzeiro, começou a usar uma tática velha das torcidas, chamar o jogador mais afeminado do time adversário de gay. O que ocorreu é que, não sei se por uma estratégia traçada e arquitetada pela diretoria do Vôlei Futuro, ou se foi a “gota que o fez sair do armário”, Michael resolveu assumir a homossexualidade um dia após o primeiro jogo das semi-finais, prato cheio para a diretoria do VF tentar coibir de alguma maneira o seu adversário, o Sada.

Na semana seguinte, o VF entrou com uma ação contra o Sada no STJD e armou um verdadeiro “circo” diante do ocorrido. Bandeiras do Arco-íris, sticks cor-de-rosa, com o nome do jogador, um novo slogan: “O Volêi Futuro é contra o preconceito!”... Tá bom. Pára né? Se eu fosse o rapaz que se assumiu, jamais teria permitido um “circo” desse com a minha cara, o que reforça a minha teoria de estratégia da diretoria do VF.

Eu duvido, que não houvesse um homossexual na torcida do Cruzeiro aquele dia, e que ele também não estivesse gritando.

Eu duvido, que não houvesse um torcedor do VF, que não gosta de gays, batendo os sticks rosas com o nome Michael, em Araçatuba.

A atitude de expor o jogador Michael desse jeito, ao meu ver, é quase que desumana, preconceituosa, repugnante. Isso é muito mais do que hipocrisia, é falta de senso de ridículo - é patético. Se a diretoria do VF fosse “Sem preconceito” como eles dizem, eles conduziriam o caso de uma forma discreta, sociável e tentariam acalmar a situação de forma que o que aconteceu não baixasse o rendimento da equipe. Isso se chama profissionalismo. A diretoria colaborou com 50% da eliminação de sua equipe. Era só tratar o caso como um caso normal, como os gays pedem: Direitos iguais.


Sem mais.

14 fevereiro, 2011

Acabou

Ronaldo Nazário, maior goleador de todas as Copas do Mundo, jogador de Cruzeiro, PSV, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid, Milan e Corínthians, anuncia a sua aposentadoria


Um final melancólico para uma carreira gloriosa. Assim começamos a definir a tão eminente aposentadoria de Ronaldo. Marcada por controvérsias, lesões, dribles e muitos gols, Ronaldinho surgiu para o mundo jogando no Cruzeiro, quando fez um gol de extremo oportunismo contra o Esporte Clube Bahia, quando tirou a dos pés do goleiro uruguaio Rodolfo Rodríguez, naquela partida memorável o atacante marcou cinco gols.

Em 94, Ronaldo transferiu-se para o PSV da Holanda, num negócio que girou em torno de Us$ 6 milhões. Ele deixou a impressionante marca de 44 gols em 44 jogos com a camisa celeste. Não por menos, ele marcou, em duas temporadas no PSV, 57 gols em 59 jogos. Foi nesta época que surgiu a sua primeira lesão, após uma calcificação no joelho esquerdo ele foi obrigado a fazer uma 'raspagem' na cartilagem. Após a cirurgia o técnico Dick Advocaat insistiu em deixá-lo no banco, sua última partida foi a final da Copa da Holanda de 96, único título que Ronaldo conquistou em Eindhoven.

Por Us$ 20 milhões, ele se transferiu para o futebol catalão, para defender o Azul-Grená do Barcelona, formando dupla de ataque com o ex companheiro de PSV, Romário, Ronaldo marcou 47 gols em 49 jogos na única temporada que jogou na Catalúnia. Nesta temporada ele conquistou três títulos: Supercopa de España de 96, Copa do Rei e a Recopa européia de 97. Por 2 pontos o Barça não ficou com campeonato nacional naquele ano, vencido pelo Real Madrid.

Em 97 a Internazionale de Milão realizou seu sonho de consumo, pagando a multa recisória do atacante, que era de Us$ 32 milhões. Sabe-se que um dos motivos da saída de Ronaldo de Barcelona foi o presidente que se recusou a aumentar o salário do jogador. Os seus empresários o negociaram com Lazio e Juventus, até fechar com a Inter. Na bota o Fenômeno não teve vida fácil. foi quando as lesões começaram o perseguir, mas antes que isso acontecesse ele terminou 97 eleito o melhor jogador do ano pela FIFA e pela France Football, marcou 16 gols em seus 19 primeiros jogos e a temporada viria a terminar com o título da Copa da UEFA e o vice italiano.

Após o fiasco na final da Copa de 98 e a polêmica convulção, Ronaldo fez uma temporada fraca, ele sofreu uma tendinite, teve alguns compromissos com a Seleção Brasileira e diversos compromissos com patrocinadores, que tiraram seu foco do clube. A temporada 99/2000 foi pior ainda. Em uma partida conta a Lecce, ele estourou o joelho e precisou parar por 5 meses. No seu retorno aos gramados, na final da Copa da Itália de 2000, no seu primeiro lance em campo, ele tentou um drible para cima do zagueiro Nesta, da Lazio e seu joelho não aguentou e saiu do lugar. A agonia do ídolo comoveu toda a nação brasileira, seriam mais 15 meses parado, por conta desta nova lesão. Na temporada 2000/01 ele voltou oficialmente a jogar contra o romeno Brasov pela Copa da UEFA, mas uma série de pequenas lesões e contraturas o impediram de jogar mais jogos na temporada.

A temporada 2001/02 começou e os adeptos da Inter continuaram se ver o grande brilhantismo que Ronaldo se apresentara em clubes anteriores. Sendo utilizado em alguns jogos, sempre como suplente e pouco fez naquele período.

Eis que quando não se esperava mais na nada dele, ocorreu sua redenção em gramados coreanos e japoneses, com a conquista do Penta.

Milão o recebeu de braços abertos após esta conquista, mas com problemas pessoais com o seu técnico, Héctor Cúper, Ronaldo forçou sua saída dos Neriazzuri, se oferecendo ao ex-clube, Barcelona. Mas foi exatamente o arquirrival Real Madrid e Florentino Pérez que desembolsaram cerca de 35 milhões de Euros para ter o Fenômeno vestindo a camisa do clube. Foram 99 jogos em cinco anos, com 59 gols marcados.

O Real Madrid foi um capítulo a parte na carreira de Ronaldo. Apesar da boa estréia contra o Alavés, onde marcou dois gols, ele sofreu com as vaias recorrentes da torcida merengue pelos poucos gols marcados. Apesar de tudo ele ganhou um Mundial de Clubes da Fifa, dois Espanhóis e uma Supercopa de España, 4 títulos em 5 temporadas, um contraste, com relação aos 3 títulos que conquistou em uma só temporada, anos antes, no Barça. Foram 104 gols em 177 jogos, pelo 'galático' Real Madrid.

Com alguns quilos a mais, Ronaldo acertou com Milan, abalado pelo escândalo do Calciocaos, em 2007, após descobrir que sofria de hipotireóidismo, razão de sua tendência a engordar, ele fez uma passagem discreta com 9 gols em apenas 20 jogos.

Com o contrato rescindido, Ronaldo retorna ao Brasil para aprimorar a condição física no Flamengo. Em meio escândalos e confusões com bebidas, baladas e até travestis, Nazário recusou propostas de Manchester City, PSG e Flamengo para assinar com o Sport Club Merchandisign Paulista, digo, Sport Club Andrés Sanches Paulista, digo, Corinthians Paulista.

Seleção Brasileira
Ronaldo foi, definitivamente, um dos maiores, se não o maior, camisa 9 da seleção brasileira... Conquistando duas Copas do Mundo e marcando o seu nome na histórica como o maior artilheiro de todas as Copas, com um total de 15 gols em quatro participações.
Com a amarelinha, Ronaldo fez 97 aparições e 62 gols.

No Timão, Ronaldo já não conseguia esconder a péssima forma física, inclusive, no seu primeiro gol pelo time, contra o Palmeiras, ele chegou a quebrar as barras de concreto que sustentavam o alambrado onde comemorava o gol. O Fenômeno fez uma primeira temporada bem regular, dada a sua condição. Jogou 38 vezes e marcou 23 gols, prometendo marcar 30 em 2010. Não foi bem assim, novamente perseguido pelas lesões, ele jogou 27 partidas em 2010, fazendo apenas 12 gols. Muito se questionou ao final do ano sobre a sua aposentadoria, Ronaldo tinha mais um sonho... A obsessão corinthiana pela Copa Libertadores da América.

Ele se preparou junto com todo o time durante a pré temporada, e pasmem, foi eliminado na rodada preliminar. Desta vez ele não foi Fenômeno, desta vez ele nada foi... não resurgiu do nada para ser campeão como em 2002. Por que dessa vez ele já não tinha mais forças para suportar a pressão e o desgaste do futebol profissional. Ele resolveu parar antes que fosse pior, antes que ele manchasse ainda mais a sua carreira, que foi limitada pelo corpo que não suportou toda a sua genialidade.

Durante sua brilhante e controversa carreira, Ronaldo marcou 352 gols em 515 jogos, por sete clubes. 

Ronaldo Nazário, Ronaldinho, R9, Fenômeno... Ele está saindo dos campos para entrar para a história, pra sempre.

...E assim acaba o sonho.

05 fevereiro, 2011

Entrevista com Rogério Romero

No final de 2009, eu entrevistei o ex-nadador e campeão pan-americano Rogério Romero, hoje dirigente no Minas TC.

Rogério participou de cinco Olimpíadas, sendo a última em Atenas em 2004.

A reportagem era sobre Dopping, mas eu achei oportuno publicar o pingue-pongue como forma de registro.

Aproveitem!
Rogério Romero em 13 de agosto de 2003, comemorando o ouro no Pan de Santo Domingo


A Outra Visão - O seu esporte é um esporte que há muita ocorrência de doping, quem você acha que é o maior culpado por esta ocorrência?


Rogério Romero - Não existe um culpado, mas sim a conjuntura. Cada caso deve ter uma motivação, mas alcançar um resultado, medalha ou recorde é o objetivo final.  Para isso, podem estar envolvidos o técnico e um médico, com ou sem a anuência do atleta (veja os fatos da antiga Alemanha Oriental, onde o doping era sistemático, envolvendo ai até o governo). Mesmo neste último caso, pela legislação vigente, o atleta, se flagrado em testes, será o punido primário. A natação é um esporte muito disseminado e alcança uma gama de países participantes em Olimpíadas como poucos. O controle, depois de dois grandes escândalos - um o já citado alemão e outro chinês - tem sido cada vez mais rigoroso. Talvez por conta destes dois fatores, combinado com o acesso mais facilitado a substâncias ilícitas e o desconhecimento, sejam as razões de tantos casos neste esporte.


AOV - Qual o benefício da sincronia entre médico, treinador, jogador?


RR - Essencial. A informação atualizada do caderno da WADA (World Anti-doping Agency), do qual o Brasil é signatário, deve ser amplamente disponibilizada e compreendida, para evitar qualquer tipo de doping involuntário. 


AOV - Recentemente tivemos a expulsão de Rebeca Gusmão do esporte, para um nadador, qual é a dificuldade em se manter livre do doping, e caso já tenha sido pego, como proceder pra não ser reincidente?


RR - A dificuldade está justamente no que ele pode tomar, em termos de medicação e suplementos. Em ambas as alternativas, a melhor maneira de prevenção é a informação e muita cautela.  


AOV - Como um atleta que atuou em cinco olimpíadas, você conheceu casos nessas competições que foram abafados, afim de não provocar escândalos?


RR - Não que eu tenha conhecimento. Tenho uma experiência em Seul-88 justamente do contrário. Foi amplamente divulgado o doping, ainda com as olimpíadas em curso, de Ben Johnson, na prova nobre do atletismo, 100 rasos.